R A D I O L O G I A

R  A  D  I  O  L  O  G  I  A
TECNOLÓGO E TÉCNICO EM RADIOLOGIA

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DOSÍMETROS

É de suma importante e também prevista na legislação brasileira que o dosímetro seja usado de modo permanente pelo usuário durante toda a jornada de trabalho. Quando o usuário não estiver trabalhando, o seu dosímetro deve ser guardado junto com os dosímetros de seus colegas e do dosímetro Padrão, evitando assim a ocorrência de leituras errôneas em seu dosímetro. Outro aspecto importante para maior segurança é o uso do dosímetro na altura do tórax, por cima do avental plumbífero.
DOSÍMETRO PADRÃO
Junto com o grupo de dosímetros de uma instituição segue um dosímetro especial chamado de Padrão. Este dosímetro é a referência de “zero” para todos os dosímetros do grupo.
Sua finalidade pode ser entendida através do seguinte exemplo: os dosímetros são enviados pelo correio e, ao chegar à instituição, são encaminhados ao setor correspondente para sua utilização no período indicado. Durante todo este percurso os dosímetros estão sujeitos não só a exposição à radiação natural, mas também a um possível transporte junto a materiais radioativos, que poderia alterar as doses dando indicações que não são provenientes do trabalho. Portanto após a leitura do dosímetro de cada usuário será descontada a leitura do dosímetro Padrão.
LIMITES OCUPACIONAIS
A portaria n° 4 de 11 de abril de 1994 da Secretária de Segurança e Saúde do trabalho do Ministério do Trabalho estabeleceu que os limites de tolerância para Radiações Ionizantes são os que constam na norma Diretrizes Básicas de Radioproteção da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).
Orgão Ind. Ocup. Exposto Ind. Público
Corpo inteiro (Dose Efetiva) 20 mSv [b] 01 mSv [c]
Dose equivalente para o Cristalino 150 mSv 15 mSv
Dose equivalente para a pele [d] 150 mSv 50 mSv
Dose equivalente para mãos e pés 500 mSv ---


[a] Para fins de controle administrativo efetuado pela CNEN, o termo Dose Anual deve ser considerado como dose do ano calendário, isto é, no período decorrente de janeiro a dezembro de cada ano. [b] Média ponderada em 05 anos consecutivos, desde que não exceda 50 mSv em qualquer ano. [c] Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose efetiva de até 05 mSv em um ano, desde que a dose efetiva média em um período de 5 anos consecutivos, não exceda a 1mSv por ano. [d] Valor médio em 1 cm2 de área, na região mais irradiada

As doses lidas nos dosímetros servem para verificar se o usuário recebeu doses dentro dos limites estabelecidas pela norma.
É importante frisar que de acordo com a Lei 6.514 de 22/12/77, portaria 3.214 de 08 de Junho de 1978 e portaria 04 de 11 de abril de 1994, está previsto adicional de insalubridade quando os níveis de radiação estiverem acima dos limites de tolerância.
SERVIÇO DE DOSIMETRIA
Os dosímetros são enviados mensalmente pelos serviços postais o conjunto de dosímetros pessoais (um para cada usuário mais o dosímetro Padrão) da Instituição.
Na data estipulada para a troca mensal dos dosímetros (sempre no dia primeiro ou dia quinze de cada mês), os dosímetros utilizados deverão ser recolhidos, substituídos pelos novos e remetidos de volta para suas leituras. Para isso a empresa que faz a medição dos dosimetros providencia um envelope para o retorno dos dosímetros pelo correio.
Assim que os dosímetros devolvidos chegam à empresa estes são lidos para a determinação das doses.
Após este procedimento um Laudo de Doses é remetido a Instituição por ocasião da nova remessa de dosímetros do mês seguinte. Tanto para o cálculo das doses a partir das leituras dos dosímetros, bem como para a emissão de laudos mensais as empresas utilizam um moderno serviço de Tecnologia de Informação (TI).
A Dosimetria Individual tem como finalidade determinar o Nível de Doses de radiação recebida pelo usuário como decorrência de seu trabalho.
A Dosimetria Individual é uma medida de grande responsabilidade que além de permitir a determinação da dose de cada usuário, permite ainda uma indicação das condições de funcionamento da aparelhagem utilizada. Dose elevada pode indicar maneira incorreta de trabalho, instalação com problema de blindagens ou aparelhagem defeituosa.
Com o uso do dosímetro (monitor individual) a Instituição não só cumpre a Portaria 453/98 do MS, com também cumpre a legislação trabalhista.
No Brasil existem todos os tipos de Monitores Pessoais, sendo o de tórax o mais comum. Este dosímetro é um dispositivo composto de cristais com propriedades termoluminescentes, ou seja, quando os cristais são aquecidos a certa temperatura, eles emitem luz ultravioleta cuja intensidade é proporcional à dose da radiação incidente. Quando expostos à radiação, estes cristais acumulam a energia da radiação incidente durante longos períodos (meses) e a liberam em forma de luz somente quando lidos no Laboratório. Devido a esta propriedade, eles podem ser utilizados para medir doses de radiações ionizantes, como as geradas por aparelhos de Raios-X ou Fontes Radioativas.
Também se desenvolveu dosímetros de Anel e Pulso visto a necessidade de usuários que manipulam material radioativo, possibilitando uma monitoração adequada para as mãos, antebraço e braço, tal como ocorre em muitas situações nos setores de Medicina Nuclear.
Estes monitores, também possuem cristais Termoluminescentes (TL) semelhantes aos usados nos dosímetros de tórax. Devido à necessidade de se adaptarem para cada indivíduo, os anéis são adaptáveis às diversas espessuras de dedos, bem como as pulseiras, também adaptáveis aos diversos tamanhos de pulsos.

É importante frisar que a Norma CNEN NN-3.01 – “Diretrizes Básicas de Radioproteção” estipula limites anuais de dose equivalente para mãos e pés, em 500 mSv para trabalhadores. Este limite anual de dose é 25 vezes superior à Dose Efetiva de Corpo Inteiro, medida pelo monitor de tórax (o dosímetro comum) que é 20 mSv.

segunda-feira, 15 de março de 2010

ATUALIDADES NA RADIOLOGIA

Inovação em Diagnóstico por Imagem

O setor de Diagnóstico por Imagem sempre teve que estar a frente em termos de inovação tecnológica.
Isto porque as próprias características da especialidade com o lançamento freqüente de novos equipamentos, insumos e produtos, exige atualização permanente por parte dos profissionais, tanto os médicos radiologistas, como técnicos e tecnólogos. Mais do que isso, os radiologistas logo cedo foram obrigados a se organizar em empresas, constituir pessoas jurídicas, estabelecer contratos com convênios e outros compradores de serviço, parcerias com hospitais, órgãos públicos e privados o que só agora esta acontecendo com outras especialidades.
Desta forma puderam exercitar sua capacidade empreendedora e aprender, as vezes as duras penas, a estabelecer relação com outras empresas e com os próprios pacientes, ainda numa fase onde essas práticas não eram corriqueiras.
Hoje, em tempos de globalização avançada, internet 2.0 os médicos radiologistas estão fazendo MBA em Gestão Executiva de Negócios, implantando sftwares de gerenciamento em suas clínicas e serviços e tentando entender e aplicar modernas técnicas de gerenciamento. Nomes como CRM, ERP e tantos outros, típicos do setor empresarial são comuns no meio radiológico e muitos profissionais dessa área tem se aplicado a desenvolver inclusive programas que integram essas ferramentas à outras específicas do setor diagnóstico como é o caso do RIS e do PACS.
Nesse ambiente consuma-se a importância da inovação no ambiente empresarial radiológico. Inovação significa novidade ou renovação. A palavra é derivada do termo latino innovatio, e se refere a uma idéia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriores. Atualmente, a palavra inovação é mais utilizada no contexto de idéias e invenções assim como a exploração econômica relacionada, sendo um conceito mais adequado chamar de inovação a invenção que chega ao mercado. De acordo com Chris Freeman da Universidade de Sussex, um dos problemas em gerir a inovação é a variedade de entendimentos que as pessoas têm desse termo, freqüentemente confundindo-o com invenção. Inovação é o processo de tornar oportunidades em novas idéias e colocar estas em prática de uso extensivo. É o processo que inclui as atividades técnicas, concepção, desenvolvimento, gestão e que resulta na comercialização de novos (ou melhorados) produtos, ou na primeira utilização de novos (ou melhorados) processos. Inovação pode ser também definida como fazer mais com menos recursos, por permitir ganhos de eficiência em processos, quer produtivos quer administrativos ou financeiros, quer na prestação de serviços, potenciar e ser motor de competitividade. A inovação tecnológica segundo Guilherme Plonsky, vem sendo crescentemente invocada como estratégia para redimir empresas, regiões de suas crônicas aflições econômicas e para promover o seu desenvolvimento. Toda inovação envolve mudanças. A inovação tecnológica é caracterizada pela presença de mudanças tecnológicas em produtos (bens ou serviços) oferecidos à sociedade, ou na forma pela qual produtos são criados e oferecidos (que é usualmente denominada de inovação no processo). Inovações tecnológicas em produto e processo evidentemente não se excluem mutuamente; pelo contrário, podem se combinar, como, por exemplo, na comercialização de DVDs (produto inovador) pela Internet (processo inovador). Uma outra classificação, de interesse para a gestão, busca lidar com o espectro de inovações tecnológicas no que se refere ao grau da mudança envolvida. Essa grande variedade leva à conhecida categorização das inovações em incrementais, radicais ou transformadoras (também chamadas de revolucionárias). Ainda segundo Plonsky “mudanças tecnológicas incrementais são, por vezes, percebidas como de segunda categoria. Caberiam, quando muito, no vestíbulo do olimpo da inovação - este inacessível às empresas de porte pequeno e às sociedades que não dispõem dos elevados recursos (notadamente talento e capital) requeridos para gerar inovações radicais. Ledo engano, entre outros motivos, pelo fato de desconsiderar o expressivo efeito econômico e social do processo cumulativo de mudanças tecnológicas incrementais”. No entanto a importância das inovações incrementais para os negócios, inclusive os das mega empresas, está começando a ser detectada pela mídia mais atualizada, como o periódico The Economist, formador de opinião de dirigentes empresariais e de formuladores de políticas públicas em muitas partes do globo terrestre. Artigo com a pitoresca chamada "Não ria de borboletas engalanadas", na seção de Inovação nos Negócios, da edição de 22 de abril de 2004, tem o subtítulo: "Mais do que perseguir novos produtos miraculosos, as grandes empresas devem focalizar a realização de numerosos pequenos melhoramentos". Neste ponto enquadram-se as empresas de pequeno e médio porte, inclusive as de base moderadamente tecnológica como é o caso das empresas de diagnóstico por imagem.
A avaliação das bases tecnológicas de uma empresa se dá levando em consideração a interferência dos meios de TI em processos, produtos e serviços. Em empresas de diagnóstico por imagem, apesar de entregar um produto aparentemente sofisticado como um exame de ressonância magnética, muitas vezes processos e serviços têm operacionalização anacrônica e desintonizada, criando ruídos na integração gerencial. Um exemplo simples seria, por exemplo, falta de sistemas de controles de processos, como atraso na emissão de laudos, falta de infra-estrutura eletrônica para entrega de imagens para médicos solicitantes, falta de um site na internet para estabelecer uma interface de conexão com o usuário. Por outro lado, o risco de investimentos desnecessários neste setor é muito alto quando falta uma avaliação adequada do suporte necessário para dimensionar e atender a infra-estrutura e capacidade instalada. Clínicas e serviços têm portes e volume de pacientes com fluxos que obedecem à uma determinada demanda e os processos tecnológicos deve ser coerentes com esta avaliação. Desta forma, muitas vezes os processos de inovação incremental são muito úteis para empresas médicas de médio e pequeno porte e especificamente para as de diagnóstico por imagem podem constituir o início da implantação de processos inovativos dentro da empresa. Portanto, a análise detalhada de processos e um planejamento estratégico são necessários antes de introduzir alterações supostamente inovativas para avaliar os eventuais impactos a serem obtidos e a aplicação de recursos necessários para implementação e manutenção da mesma.
Qual a melhor estratégia parta implantação de inovação dentro da empresa? Obviamente a resposta vai depender da analise de uma serie de fatores relacionados a empresa como porte , aspectos culturais, bases tecnológicas, infra-estrutura, relacionamento com o mercado, posicionamento quanto a tecnologia, etc..O aspecto mais relevante, sem duvida é o cultural na medida em que se não houver um envolvimento completo dos médicos e funcionários no processo dificilmente as modificações vão ocorrer.
Antes de implementar inovação dentro da empresa é preciso realizar análise de processos, treinamento de pessoal com a conscientização da importância destas medidas, envolvimento da equipe coleta de informações pertinentes e sugestões, coleta de opiniões de fornecedores, compradores, consumidores, clientes, etc... e finalmente proposição das medidas de inovação. O processo de implementação não seguirá necessariamente esta ordem. Entretanto deverá obedecer uma lógica operacional em que as medidas implementadas não sejam simplesmente despejadas pela alta administração sem consenso , sem análise e sem discussão. Do contrário, dificilmente as medidas surtirão efeito.
Fonte: RADIOLOGY.COM.BR
Referências:

1 - Bases para um movimento pela inovação tecnológica no Brasil ,Guilherme Ary Plonski, http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392005000100002&script=sci_arttext
2 - Don't laugh at gilded butterflies. The Economist, London, 22 Apr. 2004
3 - DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: práticas e princípios. São Paulo: Pioneira, 1986.
4 - FREEMAN, C. The economics of industrial innovation. 2. ed. London: Frances Pinter, 1982
5 - IBGE. Pesquisa Industrial - Inovação Tecnológica - Pintec 2000. Rio de Janeiro: 2002. Disponível em: .]

E V E N T O S

XII Congresso Internacional da ALATRA
Cartagena das Indias Colombia 2010, dias 30 e 31 de outubro e 01 de novembro de 2010
Informações no e-mail asocoltrid_colombia@hotmail.com

terça-feira, 9 de março de 2010



MERCADO DE TRABALHO

Hoje com o atual desenvolvimento da tecnologia na radiologia medica, vemos o profissional das técnicas radiológicas inserido nesse contexto de forma ampla e com um forte desafio de provar competência e habilidades para tratar com os novos equipamentos.

O emprego da tecnologia da web e informática no trato das imagens radiológicas obriga esse profissional a ter conhecimento tanto na área das técnicas radiológicas quanto na área da informática.

E esse conhecimento não para por ai, a cada dia surge novos equipamentos, novos métodos de diagnostico por imagem, o avanço é quase que mensal, e nós devemos estar preparados para esses novos desafios.

Com o mundo globalizado batendo a nossas portas, hoje podemos ter conhecimento de procedimentos radiológicos realizados em qualquer parte do planeta, métodos desconhecidos ontem, hoje são aplicados em vários serviços de radiologia nas varias partes do mundo.

Os Profissionais das Técnicas Radiológicas, não deve e não pode se furtar a acompanhar esse desenvolvimento tecnológico, deve a cada dia se inteirar desse movimento global, não ter medo, assumir essa responsabilidade, participar desse momento.

Com o surgimento de novos procedimentos radiológicos alguns exames estão sendo extintos não usuais, e novos procedimentos estão sendo implantados nos serviços de radiologia, e é esse desenvolvimento que devemos acompanhar participar, pesquisar, desenvolver, e aplicar em nosso dia a dia.

O Brasil disponta como um dos maiores mercado consumidor dessa nova tecnologia médica, e é nesse meio de alta tecnologia que atuamos, temos que aproveitar esse momento, e nos comprometer com esse desenvolvimento e a aplicação dessa alta tecnologia para o bem da saúde da população.


Tr. Higino Ferreira Filho